Senhor nosso Deus e nosso Pai, Obrigado pelo dom de Jesus Cristo, Teu Filho e nosso Irmão. Ele vem aos nossos corações, Converte-nos e transforma-nos, Faz de nós Teus filhos bem amados. Ajuda-nos a crescer no amor filial, Até à estatura do Homem Perfeito, Até às alturas do amor e do serviço. Fortalece os nossos seminaristas, Com o dom do Teu Espírito, Para que sejam imagens de Jesus, Vejam com o Seus olhos, Amem com os Seus sentimentos, Sirvam com as Suas disposições filiais. Nesta Semana dos Seminários, Nós te suplicamos, pela intercessão de Maria: Concede à Tua Igreja Muitas e santas vocações sacerdotais. Ámen. |
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O mês de Novembro é o mês dos Seminários, oração mais intensa, uma maior divulgação vocacional e recolha de bens e ofertas para o Seminário. De novo, aí está o nosso Seminário carregado com as mãos cheias de esperança. Continua num trabalho discreto, silencioso, humilde mas persistente.
O Seminário continua vivo, no caminho da renovação a partir de dentro, para se continuar a revitalizar cumprindo a missão que a Igreja continua a confiar-lhe. Todos os anos têm o seu grau de exigência, mas este ano para nós ainda vai ser mais exigente pois o tema escolhido como projecto pastoral – Repartir de Cristo nos novos caminhos da Missão – deseja-mos para este ano pastoral celebrar um Ano da Vocação. A palavra vocação deriva do verbo latino vocare que significa na língua portuguesa CHAMAR. Vocação quer, assim, dizer chamamento. Mas quem chama? É Deus quem chama. Ao chamar tem de haver quem responda. E, «se Deus, quando ama, chama, o homem quando se deixa amar, responde» (A. Cencini). Deus é tudo e só amor que chama, ama, transforma, capacita, envia e acompanha até ao fim do fim. (Carta Pastoral). O Seminário tem o ambiente para que os jovens se vão encontrando consigo mesmos e com Cristo e desta maneira entreguem a sua vida sendo sacerdotes. Caro jovem, já pensaste que Cristo precisa de ti? Projecta com Deus e habita o futuro! Não tenhas medo! Ser cristão é viver a vida como uma vocação. Tal como o grão de amendoeira, tu jovem estás a amadurecer a tua vida; por isso, não tenhas medo dos desafios destes tempos (Carta Pastoral). O Seminário é um tempo que a Igreja proporciona àqueles que Deus chama ao sacerdócio para os formar e acompanhar. As famílias de hoje não são tão numerosas como as de ontem. Também o Seminário já não é uma comunidade de uma centena de jovens, mas apenas de umas dezenas. Apesar disso, quer a família quer o Seminário estão vivos. Neste ano lectivo, temos oito seminaristas no Seminário Menor e seis no Seminário Maior. Compete-nos a todos continuar a propor aos jovens que se cruzam no nosso trabalho pastoral, vir fazer uma experiência no seminário. Estamos a trabalhar para termos uma cultura vocacional nas comunidades. A vocação não pode ser vista como uma excepção ou um caso isolado. A crise vocacional de hoje representa um desafio, em ordem a assumirmos, com novo ardor, a pastoral vocacional, que passa pela evangelização e acompanhamento dos jovens. Esta Semana dos Seminários há-de estimular os fiéis e comunidades paroquiais a assumirem o seu Seminário que é de todos e para todos. A diocese não pode prescindir do Seminário e pede-lhe que forme bem e lhe envie os pastores que precisa, para a nova evangelização. Queremos, assim, aproximar o Seminário da Diocese e abri-lo ao Povo de Deus. Mas, para cumprir a nobre missão que a Igreja lhe confiou, o Seminário precisa da oração e da estima das comunidades e ainda da partilha de bens. Há acontecimentos na vida do Seminário que são sinais vivos da Providência Divina e da assistência protectora de São José seu padroeiro. Os donativos, em géneros ou pecuniários, vindos das unidades pastorais, de sacerdotes, antigos alunos, amigos e benfeitores do Seminário são a base da subsistência desta Instituição da Igreja. Com as ofertas enviadas ao Seminário estamos a contribuir para a formação dos sacerdotes do futuro. As bolsas de estudo, sobretudo para os seminaristas de Teologia, são valiosa ajuda ao Seminário, para que possa realizar a sua missão. Ninguém é excluído por causa da questão económica, o nosso trabalho o amor e o carinho que os amigos têm para com o Seminário, ajuda a realizar este projecto. Aproveitamos também a movimentação à volta da Semana dos Seminários para tornar público as actividades mais marcantes deste ano lectivo: Recepção aos caloiros, Ceia de Natal, Exposição Abade de Tavares, Vinde e Vede, Festa de São José, Conferência Vocacional. Nas mãos de S. José, nosso excelso padroeiro, colocamos todas essas vivências do Seminário, que é Seu, e que terão o ponto alto na celebração das Bodas de Diamante. Seminário de São José, 02 de Novembro de 2013 O Reitor, Padre Rufino Manuel Rodrigues Xavier Caríssimos irmãos e irmãs, fiéis presbíteros, diáconos, consagrados e leigos: Paz e Alegria em Jesus Cristo.
Na continuidade do nosso projeto pastoral – Repartir de Cristo nos novos caminhos da Missão – desejamos para o ano pastoral 2013-2014 celebrar um Ano da Vocação. Deste modo, gostaríamos também de repensar o nosso ser Igreja diocesana, ou seja, a Igreja de Jesus Cristo presente aqui no Nordeste transmontano. Esta reflexão terá em conta a Constituição conciliar Lumen Gentium e aprofundará o sentido dos sacramentos que estão ao serviço da comunhão e da missão, como a Ordem e o Matrimónio. A Igreja nasce, depende e dirige-se sempre para Jesus Cristo. Ele é a sua cabeça, o seu cumprimento e a sua plenitude. Jesus Cristo é o fundamento e a identidade da Igreja. Na verdade, «a Igreja, toda a Igreja, só a Igreja, a de hoje como a de ontem e de amanhã, é o sacramento de Jesus Cristo. Para dizer a verdade, ela não é outra coisa que isto. O resto é apenas um acrescento. (...) A Igreja tem por única missão tornar presente Jesus Cristo no meio dos homens. Deve anunciá-Lo, mostrá-Lo, dá-Lo a todos. O resto, voltamos a repetir, é só um mais» (H. Lubac). É, portanto, esta a vocação da Igreja: tornar presente Jesus, hoje, a todos! A palavra vocação deriva do verbo latim vocare que significa na língua portuguesa CHAMAR. Vocação quer, assim, dizer chamamento. Mas quem chama? É Deus quem chama. Ao chamar tem de haver quem responda. E, «se Deus, quando ama, chama, o homem quando se deixa amar, responde» (A. Cencini). Deus é tudo e só amor que chama, ama, transforma, capacita, envia e acompanha até ao fim do fim. Por isso, uma vocação é uma vida humana na qual se pode ler o absoluto do Evangelho do amor. Todos somos chamados, «chamados por Deus, com nome e apelido, cada um de nós, chamados a anunciar o Evangelho e a promover com alegria a cultura do encontro» (Papa Francisco). Nesta porção do povo de Deus, que somos na Igreja diocesana de Bragança-Miranda, tal como acontece na velha Europa, constatamos uma diminuição e uma insuficiência do número de vocações sacerdotais e religiosas. Algumas razões podem explicar esta situação: a diminuição demográfica, a escassez de famílias e paróquias suficientemente amadurecidas na fé, a valorização do carácter plenamente cristão e mesmo apostólico da condição leiga do povo de Deus. Alguns até se questionam: se se pode servir a Deus no mundo e no casamento, para quê sair desta realidade e abraçar uma condição diferente? Esta carta pastoral que vos escrevo – Eis-me aqui. Envia-me. Discípulos missionários – pretende suscitar em vós uma resposta característica da nossa identidade transmontana quando alguém, ainda que estrangeiro, nos bate à porta e chama por nós. Espontaneamente respondemos: «entre! Quem é?». Como transmontano, escuta o Senhor que te chama e bate à porta do teu coração; deixa-o entrar acolhendo o seu amor gratuito, e procura conhecê-Lo, respondendo assim à vocação! |